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Inovação e os 06 ensinamentos do CIGS

Quem diria, cheguei ao meu 11º texto aqui para o NidusLab! É um grande desafio e responsabilidade escrever para o Laboratório de Inovação do Governo de Santa Catarina, ainda mais para um público que sabe tudo sobre inovação, gestão pública, projetos e o ecossistema relacionado.

Outro grande desafio nessa jornada é conectar um texto ao outro. Quem acompanha essa coluna sabe que um tema puxa o outro e assim vamos criando uma thread sobre as temáticas do Nidus. Então, para criar um link com o artigo anterior, sobre o livro “Os Magnatas” e o ambiente propício para inovação no início do XIX, vou fazer um breve adendo. 

Embora não tenha destacado no artigo anterior, as necessidades militares também tiveram grande influência na corrida por inovação americana. Referido livro apresenta, em um de seus capítulos, a busca pela intercambialidade de peças de armas e como seu alcance alterou os setores industriais, pois trouxe novas possibilidades de tornos, gabaritos e até a produção em massa, por meio de máquinas mais precisas, de maneira a eliminar a produção artesanal. 

Para além da história dos Estados Unidos da América, é sabido que guerra e conflito trazem muita pesquisa e inovação, visto que, na tentativa de superar o oponente, são criadas e testadas as mais diversas tecnologias que, inclusive, algumas delas se perpetuaram em nosso cotidiano, a exemplo dos computadores, GPS,  internet, forno micro-ondas, tratamentos médicos, produção em massa de antibióticos, dentre outros. 

Ou seja, apesar de muita dor e sofrimento em razão das guerras, há um bocado de coisas para se aprender com os militares, especialmente sobre inovação, gestão, liderança e comprometimento. Afinal, se já é difícil organizar um pequeno negócio e gerir um grupo de colaboradores, imagine como é liderar uma estrutura que envia seus funcionários para a guerra.

E esse é o eixo da publicação de hoje.

Quero apresentar um texto de autoria do Cel. Gélio Augusto Barbosa Fregapani, primeiro comandante do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), localizado na Amazônia brasileira, com grandes ensinamentos, que servem tanto aos militares quanto aos civis interessados em gestão e desenvolvimento pessoal.

Leis da Guerra na Selva:

  1. Tenha iniciativa, pois não receberá ordens para todas as situações. Tenha em vista o objetivo final;
  1. Procure a surpresa por todos os modos;
  1. Mantenha seu corpo, armamento e equipamento em boas condições;
  1. Aprenda a suportar o desconforto e a fadiga sem queixar-se e seja moderado em suas necessidades;
  1. Pense e aja como caçador, não como caça;

  6 . Combata sempre com inteligência e seja o mais ardiloso. 

Perceba que todas essas “leis” têm aplicação tanto na lida militar quanto na área negocial. Pessoalmente, gosto muito da primeira, que trata sobre iniciativa e resolubilidade, que, inclusive, já tratamos na coluna em outra oportunidade

Outra que chama atenção é a quinta, que versa sobre ter postura de caçador, isto é, estar ativo, preparado, com objetivo e direções claras. Esse modo de agir é o oposto de ser passivo e esperar as coisas acontecerem, mas, sim, estar atento e antecipar os problemas. 

E você, já conhecia as Leis do CIGS? Qual delas mais gostou ou está mais próxima da sua realidade?