Doze lições para um líder de sucesso
Em todos os segmentos de um processo de gestão, deve-se buscar o máximo de eficiência, seja na hora de desenvolver um produto ou de implementar um serviço, quanto na hora de se comunicar com público. Em uma sociedade tão dinâmica, em que distância e tempo são relativos, uma comunicação tradicional tende a perder força enquanto a ousadia acaba ganhando terreno e representando o grande fator de excelência que fez com que comunicadores se tornassem verdadeiras celebridades, seja em autoridade ou em entretenimento. É nesse espírito que Tom Peters declarou que “tempos loucos exigem organizações malucas”.
Diante dessa loucura que se vive hoje, ele mesmo, Tom Peters, recomenda a aplicação de doze princípios que caracterizam um bom líder. Vamos ver então:
- Excelência é uma estratégia de curto prazo – não adianta ficar pensando em como seria legal se conseguíssemos fazer de tal jeito. É preciso agir, fazer bem feito na hora, caprichar nos detalhes e perceber que o resultado que importa é justamente aquilo que você fará melhor. Isso não significa que não se deva planejar ou que se deva agir de improviso, ao contrário, é importante ter claro os objetivos, mas é preciso executar e executar bem!
- Cuide dos seus funcionários como se eles fossem seus clientes – um líder deve ter em mente que os seus clientes só podem ser plenamente satisfeitos por funcionários que entendam e acreditem no que estão fazendo, que sintam a importância de sua contribuição e que vejam um propósito naquilo que estão realizando. Para isso é preciso que se sintam motivados, que tenham um ambiente de trabalho agradável e que se sintam valorizados. Saber o que eles sentem, entender suas aflições e preocupar-se com a sua qualidade de vida é quase que um dever moral de todo líder, pois a primeira impressão, e a mais importante, sobre uma organização ou seus produtos é a do próprio funcionário. Imagine um garçom falando que a comida do restaurante em que ele trabalha é ruim!
- Dê treinamento aos funcionários – um grau de excelência só será alcançado se os funcionários souberem fazer o seu trabalho da melhor maneira possível. Isso só será possível se for feito um grande investimento em treinamento. Basta pensar que todos treinam, artistas, atletas, cantores, enfim, um bom desempenho depende de habilidade e essa habilidade se alcança praticando, e como tempo é dinheiro, não é possível acertar por tentativa e erro que, além de demorar a dar resultado, causa um grande desperdício, logo, treinamento é o segredo, um trabalhador que treina acaba errando menos.
- Pessoas se demitem de seus gerentes, não de suas empresas – não se pode confiar só no currículo dos gestores, é preciso conferir se eles realmente sabem lidar com as situações, em especial no que se refere a gerenciar pessoas. As pessoas geralmente se demitem facilmente de uma organização em que o seu chefe as trata mal, sem respeito ou não valorizando suas capacidades e habilidades, por isso, prestar atenção como os gerentes lidam com os assuntos relativos às pessoas é tão importante quanto a sua habilidade técnica em gerenciar processos.
- Valorize as mulheres – aqui não é uma questão de justiça social ou de quotas, é de cunho prático mesmo, afinal, as mulheres têm mais sensibilidade e conseguem, muitas vezes, enxergar situações que, para os homens, possa ser percebida como sem importância. Mulheres costumam também ter o poder de decisão na hora das compras o que permite que, na organização, elas percebam o que vende ou não e por isso é mais do que coerente que elas participem no desenvolvimento de produtos e serviços.
- Celebre o fracasso – cada vez que algo der errado é sinal de que algo foi tentado e isso já é motivo para não ser visto com um total fracasso. Errar também é uma forma de aprender, ao menos de como não proceder, por isso, temos que ser menos rigorosos com o erro e valorizá-lo no sentido de encarar como um aprendizado. Isso não significa ser tolerante com falhas, mas apenas não ser tão rigoroso em cobrar a perfeição dos outros, pois isso pode resultar em medo e, como conseqüência, menor produtividade.
- Cerque-se de pessoas diferentes de você – é plenamente normal sentirmos mais afinidade por um tipo de pessoa e menos por outro, contudo é muito importante conviver com pessoas diferentes da gente. Se a gente sempre convive com quem pensa como nós, com o passar do tempo nós não teremos mudado quase nada! Por isso é fundamental conviver com pessoas que pensem diferente, que tenha uma visão oposta da nossa, que discordem e critiquem, pois são essas pessoas que contribuirão para nossa mudança, e sempre será para melhor!
- Tempos loucos pedem organizações loucas – em um mundo em constante transformação as nossas idéias também terão que ser transformadoras, caso contrário ficarão velhas. Atualmente as coisas são rápidas, leves e diretas, as redes sociais estão aí para demonstrar que conteúdo de qualidade nem sempre é o maior, mas aquele que usa a linguagem do dia. É nesse espírito que a organização deve pensar e agir, tentando sempre achar algo que mude a vida das pessoas, que faça uma grande diferença para os negócios ou que revolucione um processo interno, ta valendo qualquer coisa!
- Preste atenção nas pequenas coisas – dar um bom dia, juntar um objeto que alguém derrubou no chão, agradecer alguém que o ajudou. Essas atitudes até podem parecer bobas no intenso e tumultuado cotidiano de uma organização, porém pode ser isso que torne o que eu faço ser melhor do que o aquilo que o meu concorrente faz. As pequenas gentilezas, os pequenos gestos que muitas vezes deixamos de lado, podem definir a volta de um cliente ou o que ele vai levar de positivo da organização, tornando a experiência agradável e estimulando a fidelização.
- Não subestime o poder das redes sociais – aprender a ouvir o que as redes sociais estão dizendo é fundamental para a sobrevivência, afinal, os apoiadores ou os haters podem definir a imagem de empresa ou de seus produtos. Atualmente as pessoas têm facilidade em expressar suas opiniões em um veículo de alcance mundial e ninguém quer ser destruído por conta do que dizem da gente, portanto, preste atenção nos elogios e reforce o que os motivou e, da mesma forma, fique atento as críticas e corrija imediatamente o problema.
- Abra os olhos (e os ouvidos) – perguntar o que os funcionários acham pode parecer uma quebra no canal hierárquico, afinal isso pode deixar o chefe em maus lençóis. Mas em uma organização que deseja ser reconhecida pela excelência, isso é fundamental, afinal, os primeiros porta-vozes da empresa são seus funcionários, de todos os níveis, inclusive e principalmente os operacionais. Isso faz com que o líder saiba o que está acontecendo de fato, faz com que os funcionários se sintam importantes e valorizados e garante um maior engajamento de todos para com a empresa.
- Entusiasmo é tudo – o entusiasmo contagia, um líder desanimado vai irradiar essa sensação ruim para toda a equipe. Aí reside a importância de se ter em mente que um líder tem que empolgar, tem que motivar e isso só se faz com alegria. É claro que tem aqueles dias em que algo ruim acontece, nesse caso, procure deixar claro o que houve e que nada tem a ver com o trabalho, pois se tivesse você já teria resolvido.
Não é fácil atuar na liderança, em especial nesses tempos loucos em que vivemos. Uma atitude positiva somada a um bom desempenho profissional vai transformar aquele chefe chato e burocrático em um líder, aquele que motiva, que vibra e sofre com seus funcionários e que tem a sensibilidade de consciência de que seu principal patrimônio são os seus funcionários.